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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um presente surpreendente!

Ooooiiiiii gente querida que gosta de ler as coisas que escrevo, que saudades de vocês!!!! *.* Que saudades desse blog, de me sentar e deixar o coração falar pras mãos digitarem... como necessito disso pra seguir meus dias mais leve!!! Compartilhar, eis o que devo fazer, eis o que farei, agora!!!!! =D

Minha vida virou de pernas pro ar nesse ano de 2013. Se tudo já era uma loucura, agora então a coisa desandou de vez!! Mas o que posso adiantar é que estou bem, continuo feliz, isso não muda nunca, não importa o que aconteça a felicidade é parte de mim, mesmo que eu esteja triste. Ela fica lá guardadinha pra aparecer quando eu menos esperar e estampar um sorriso nessa minha cara de acabada!!! ;D

Desde que Miguel nasceu o tempo encurtou além do comum. Na primeira noite de nascido ele até que dormiu bonitinho, mas na segunda noite, ainda na maternidade e depois por todos os outros dias da sua vidinha, não dormiu mais. Os primeiros meses pós parto foram com ele na sala, nas madrugadas geladas do inverno de 2011, chorando, mamando, trocando fraldas e dormindo (mas se levasse pra cama ele acordava na hora kkkkkk). Sem falar do meu pós parto que foi o maior pesadelo que já enfrentei na minha vida por conta de violência obstétrica (graças a Deus passou e deu tudo certo)... tive um pouco de depressão pós parto por conta desse problema e dos hormônios que não ajudavam, chorava todos os dias e pedia forças a Deus, pois só ele poderia me mandar muita força naquela época, não havia o que fazer, apenas esperar. Tinha a Alana, que não entendia nada por ser pequena: "minha mãe, um outro bebê tomou meu colo, está com minha mãe quase o tempo todo, mama nela, e eu???" O pai, trabalhando mais que o normal e ainda ajudando em casa, dando força em tudo, mas a barra geral quem tinha que segurar era eu, que passava o dia com as crianças antes de voltar a trabalhar.

Os meses foram passando, eu fui murchando as gorduronas dos 17 kilos que ganhei na gestação rapidinho de tanto que corria e não dormia, ao tempo que as olheiras iam escurecendo e afundando na minha cara cada vez mais. Eu não dormia, eu chorava muito, mas olhar praquele bebê tão perfeito e absurdamente lindo em meus braços era de se pensar: Deus, por que tão lindo???? Eu e o marido não somos tão lindos assim pra ele ter nascido tão incrivelmente lindo... uma pérolinha em meus braços, uma perolinha que foi gerada dentro de mim, que me deu tantos sustos na barriga, e que no final até esperou 10 meses (e não 9 kkkkk) pra nascer pois estava preferindo ficar dentro do que vir pra fora, que contrariou a data provável do parto, do ultrassom e do médico, nascendo 11 dias depois do previsto, em signo diferente do que nasceria, em estação do ano diferente do que nasceria, em lua diferente do que nasceria se fosse na data provável do parto!!! Um bebê bem surpreendente não?! Desde a barriga!!! ^^

Os dias foram passando e ele crescendo. Alana logo foi pra escolinha e começou a ter mais distrações em sua vida, aprender, conviver, se divertir com amiguinhos de sua idade e logo ficou bem. Miguel mamava muito, era fominha, mas não gostava de dormir no colo, nunca. Com 14 dias ja ficava durinho no colo da gente, em pé!! Aos 2 meses já falava "angu" pra lá e pra cá, aos 5 ficava sentadinho de boa e começou a se encantar por tudo que era redondo e girava, parecia estar tentando entender como uma roda funcionava e impressionava a todos, além disso o interesse dele era mais com aparelhos eletrônicos do que brinquedos, com 7 começou a engatinhar, com 8 falava uns papai mamãe quando chorava, com 11 meses começou a andar e com 1 aninho e 2 meses mais ou menos foi parando de fazer coisas novas. Opa, como assim??? Ela não vai falar, apontar, compartilhar brinquedos com a gente, experimentar comidinhas novas, dar tchau e bater palmas, Alana batia palmas com 6 meses (e vinham as comparações) se relacionar com outras crianças, aprender o que a gente ensina em geral, responder sim e não?????

E as coisas iam em seu curso normal, com a gente tentando ensinar tudo pra ele, mas parecia ser em vão. Festinha de 1 aninho, tudo enfeitado, Miguel fantasiado, pais mega felizes, irmãzinha ainda um pouco estressada e sofrendo o ciúmes que é comum mas também feliz e se divertindo muito, e tudo indo bem, menos Miguel q não sorria e não ligava a mínima pra festa, pros convidados, pra decoração (ele só se divertiu quando o salão esvaziou e a festa acabou). Os dias foram passando e a gente esperando: puxa, como ele é preguiçoso, como ele ignora a gente, as pessoas, como ele é na dele!!! E ao mesmo tempo ele corria pela casa toda, bagunçava, ria e falava muitoooo naquela linguagem de bebê que só ele mesmo entende!!! kkkk mas sempre na dele!! Com tudo ele brincava diferente, ou em vez de brincar, arrumava, enfileirava e organizava. E a irmã nunca tinha espaço porque ele não brincava com ninguém. Bora levar pro parquinho, pros primos, pra alguém e ver como ele se sai... Sem chances, ele simplesmente desviava das outras crianças e saia fora, como se elas não estivessem alí.

Pra todos à nossa volta ele era apenas uma criança mais séria e na dele. Lindo e absolutamente perfeito, encantava e encanta a todos com seus sorrisos e olhar encantador e com seus cachinhos dourados, pura meiguice. Mas a mãe, essa que tem o faro absolutamente atento, não estava sossegada. Ele estava pra completar 1 ano e 6 meses quando eu conversava sobre minhas preocupações com uma amiga querida que me falou pra ler um blog q ela mesma estava sempre pesquisando pro seu TCC na faculdade. Quando fui ver o blog era sobre autismo. Ela havia falado pra eu não encanar que poderia ser só uma coisa levinha ou passageira, algum traço q poderia sumir logo que a gente estimulasse, mas que era importante eu descartar qualquer hipótese pra sossegar. O blog se chama Lagarta Vira Pupa (http://lagartavirapupa.com.br/) e é de uma mãe que tem um filho autista de 5 anos, o Théo. Lá havia um vídeo com a história do Théo, de como ele era desde que nasceu até o momento. Comecei a ver, tudo normal, um bebê que fez tudo em seu tempo, riu, sentou, andou, olhou olho no olho e após 1 ano foi ficando mais na dele. Meu coração começou a gelar. Até eu ver a parte do: adorava girar objetos redondos... aí meu mundo caiu e eu desabei a chorar... chorava tanto que mal consegui ver o resto do vídeo. Tremia como se tivesse acabado de receber a notícia de que um ser muito querido e próximo de mim estivesse morrendo. Uma notícia de falecimento. Mas eu tentei ver até o final e balançando a cabeça em sinal negativo pensava: não, não é isso, não vai ser isso, não é... e choraaaaaaaaaava... Mas meu coração já sabia que estava mais claro que o sol da manhã que tudo que Miguel fazia ou não fazia, tinha a ver sim com autismo. E eu nunca havia ouvido falar nesses sintomas. Em nenhum pediatra, papel de posto de saúde, nada!!! Era um desconhecido pra mim. Meu marido logo me viu naquele estado e perguntava o que havia acontecido pra eu chorar tanto, eu soluçava e não conseguia falar. Tinha medo, pois sabia que ele me chamaria de louca. Nosso filho era a criança mais linda que já tínhamos conhecido na face da terra, perfeito, gostoso, fofinho, uma gracinha, um cute cute e além disso ainda era um bebê, cedo de mais pra dizer que um bebê fazia coisas estranhas, pois bebês fazem coisas estranhas. Pois bem, mas bebês também compartilham, pedem coisas ao seu jeito, apontam, olham nos nossos olhos e sorriem, gostam do nosso colo enquanto mamam e não saem correndo dando cotoveladas  logo que secam o leite dos peitos, tentam falar, siiim, pelo menos tentam né?! Dão tchau, batem palminhas, e não viram todos os carrinhos, motocas, bicicletas e tampas de panela de ponta cabeça pela casa pra ficar girando as rodinhas. Demorando pra conseguir falar, vomitei as palavras que sairam do meu coração em direção ao marido. Ele, claro, não acreditou, não entendeu, ficou confuso e me pedindo pra parar de pensar isso, perguntando porque eu havia pensado uma coisa dessas e tal. Sem conseguir argumentar mais nada pedi a ele que fosse até o computador que estava ainda ligado e visse o vídeo que estava na tela. Ele viu e voltou cabisbaixo, preocupado e me dando um pouco de razão pela preocupação. Se manteve firme e forte mas seu coração já não era o mesmo. O que eu descobri ao ler sobre o assunto, era que quanto antes se tem um diagnóstico mais chances tem da criança ter um bom desenvolvimento.

Corremos contra o tempo, marcamos pediatra pra dalí a duas semanas, e tentamos não pensar naquilo, tentamos ainda ve-lo como uma criança normal, apenas um pouco atrazada em seu desenvolvimento talvez. Mas não dava pra ser assim. Parecia que estávamos diante de um quadro de morte cerebral do tal ente querido mas já adivinhando que não tinha volta. Todos os dias eu chorava, várias vezes ao dia, e não conseguia compartilhar com ninguem o que estava se passando. A incompreensão das pessoas seria geral. Na consulta ouvimos o que tanto temíamos mas já sabíamos, ele tinha vários sintomas do tal do autismo. Saímos de lá com encaminhamento pra neuropediatra. Falando do que se tratava conseguimos marcar pra dalí a duas semanas também.  Após longa consulta veio o que ja sabíamos: "seu filho tem sintomas de autismo mãe, mas ainda é cedo pra classificar o grau mas ele precisa de terapias, fique firme, ame seu filho como sempre amou e não o rotule. Você nem precisa contar a ninguem, isso no momento só vai piorar a dor de vocês. Vamos correr com as terapias. Mas saí de lá chorando, chorando muito, com o coração estraçalhado, me sentindo num enterro. Claaaaro que não acreditei na primeira pediatra e na primeira neuro que nos atendeu. Pesquisei tanto por todas aquelas semanas que já estava especialista no assunto. Santa internet, fcebook e orkut que me presentearam com mães, profissionais e amigos q me deram forças e acrescentaram tanto em nossas vidas... Pude entender tudo e mais um pouco, pude até me tranquilizar, ao saber que a cada 80 crianças, uma nasce com autismo. Era mais comum do que eu pensava e eu não estava sózinha!!! Uma especialista da USP com 15 anos de experiencia trabalhando com autistas de todas as idades nos atendeu em sua casa num domingo de manhã, por 1 hora e meia, gratuitamente, se doando apenas por amor e esse foi um dos tantos presentes incríveis que nos foi colocado no nosso caminho desde então, pra nos iluminar. E assim, entendendo muito melhor o que acontecia com o nosso bebê pudemos finalizar uma história pra começar outra.

Sofremos a dor de uma perda. Choramos muito essa perda. Sofremos o luto. E vimos nascer um novo Miguel, uma nova mãe, um novo pai, uma nova irmã, uma nova vida e com ela uma nova força. Uma família mais forte e renovada, focada num novo propósito, com um novo desafio pra viver. Chorei tudo que tinha que chorar, mesmo sem deixar um dia sequer de sorrir. Eu precisava ser forte pois tinha dois filhos maravilhosos em casa que precisavam da mãe bem e feliz. Bora enfrenter um caminho incerto dalí pra frente. Não tínhamos mais o bebê que imaginávamos ter. E logo percebemos que mais do que ensinarmos a ele, seria ele quem nos ensinaria muito mais. Ainda assim, com essa força toda, doía. Doía lembrar q com 6 meses Alana batia palminhas, com 9 meses já conversava com a gente, com 1 ano e meio dançava, cantava e interpretava. Gostava de comer, brincava com a gente e com amigos da gente, participava de todas as festas com o maior pique de baladeira, corria abraçar e beijar, dizia te amo mamãe.

"Te amo mamãe". Ainda me é difícil conter as lágrimas ao ler/falar essas palavras "te amo mamãe"... o coração dá um nó ao lembrar que eu me perguntava todos os dias se um dia eu ouviria ele dizer um "eu te amo mamãe"!!! E agora sei que o olhar dele já diz, todos os dias, o quanto me ama. E acredito q um dia ouvirei essas palavras na voz lindinha do meu molequinho!! ^^

Tudo será diferente, tudo no tempo dele, do jeito dele, ele é que irá nos mostrar. Nós só poderíamos dar o que sempre demos: amor e muita dedicação, mas agora conseguindo ver que também teríamos que mudar.

No desespero do primeiro momento larguei a minha vida pra tentar me dedicar mais a ele. Mas não conseguia, estava mega atrapalhada, deixando até de fazer almoço e limpar a casa, passando em sinal vermelho e parando no verde indo pro trabalho. Pelo menos as infecções urinárias de repetição que eu havia tido no ano anterior devido ao nervosismo e estresse extremos não aconteciam mais. Eu estava em terapia desde então e isso veio como algo de extrema importancia no momento do diagnóstico e após. Pensei em parar de trabalhar pois estava sobrecarregada, mas seria como tirar de mim um momento de prazer, terapia, distração, que me fazia e me faz tão bem, me renova as forças. Aos poucos fui me controlando na ansiedade e percebendo que teria que cuidar de mim também, pra conseguir cuidar bem deles. Além da dedicação redobrada com ele, tive também que redobrar a dedicação com a Alana que tinha se abalado, percebido que os pais andaram tristes nos ultimos tempos e que mamãe chorava, mesmo que escondidinho, todos os dias.

Tempo zero, correria triplicada, fé renovada, forças vindas de todas as entranhas do bem!!! Muitas pessoas especiais surgiram em nossas vidas, muitos desapareceram. Pessoas fofas me chamavam em bate papo só pra dar forças, mesmo eu não tendo divulgado até hoje essa história nos meus perfís nas redes sociais. Tentei ser discreta, mas transparente como sou chamei atenção ao postar os dias mais difíceis sem dizer o motivo. Meus mais sinceros agradecimentos a essas pessoas lindas e a Deus q as colocou no nosso caminho.

As terapias... essas que até hoje não aconteceram, por motivos que todo mundo está cansado de saber... falta vaga, falta especialização, falta facilidade, falta respeito dos governantes do nosso querido país e a fila de espera...

Mas eu fiz o que até agora??? Fiquei parada no meu canto chorando me achando o ser mais infeliz do planeta por não estar conseguindo lutar pelo meu filho??? Não!!! Eu luto por ele desde q foi gerado na minha barriga!!! =D O autismo não diz quem ele é, o autismo é só uma condição pela qual ele está passando. E estou me dedicando todos os dias a ele com o máximo de amor e carinho que tenho. Ao me informar pude descobrir q existem milhares de tipos de autismo, q um nunca é igual ao outro, não há comparação e que até é possível que esses sintomas todos desapareçam com uma certa idade e que a criança se normalize.

Se normalize... mas o que é normal afinal???? Pessoas com autismo são apenas diferentes, mas são pessoas, são crianças, são seres humanos com todos os direitos, com vontades, com qualidades e defeitos, com amor no coração. Quase sempre são pessoas mais felizes que nós, "normais" (ahn, quem???) que sabem muito mais de amor e felicidade do que a gente. E a gente percebe como somos pequenos nesse mundo quando uma criatura dessas cai na nossa vida e pára tudo e nos muda pra sempre.

E como é que ele está hoje, com 2 anos e 4 meses??? Feliz como sempre foi!! kkkkk Mas também está batendo muitas palmas, dando tchau só quando quer, dando beijos e abraços nos momentos de carinho e ainda fugindo quando querem simplesmente falar com ele! kkkkk Continua na dele mas nos encara nos olhos sempre falando pelo olhar e sorrindo de volta, dança e até canta, na linguagem dele e continua expert em aparelhos eletrônicos! kkkkkkk Ainda tem muita, muuuuuuuuita coisa pela frente, uma vida inteira pra sabermos como ele vai ficar definitivamente. Mas isso não importa!!! Os momentos de felicidade q vivemos está em cada dia, cada sorriso, cada manhã divertida no quintal ou na rua, cada beijinho roubado que a mamãe rouba, cada sorriso gostoooooso inesperado, cada abraço entre os irmãozinhos lindos q ganhei da vida e cada lutinha q ele tira com o papai!!!! <3 br="">

E hoje eu sei o quanto tudo que passei lá atraz nessa vida foi importante pra receber alguem diferente de presente pra cuidar!! Basta ler as postagens antigas desse blog pra saber porquê!!! ^^

E compartilhando essa experiencia nada fácil com vocês deixo uma mensagem: estejam abertos para o novo, o desconhecido, sempre, nunca recusem alguem por conta de suas diferenças. Só temos a ganhar quando expandimos nossa visão de vida. Somos tão pequenos e temos tanto pra aprender com as diferenças!!! Nunca desperdice uma chance de conviver com alguem que seja bem diferente do que você esteja acostumado. É uma chance de aprender coisas incríveis, se surpreender e ter lindas histórias pra contar!!!!

Acho que agora, mesmo com o tempo reduzido absurdamente em relação há 3 anos atraz, posso voltar a escrever minhas bizarrices e sentimentos mais loucos aqui pra vocês mais vezes. Tirei a pedra q tava entalada na minha garganta, agora vai!!!! Mas tenho cuidado de mim sim, pedalando aos domingos, trabalhando, fazendo uma dieta saudável, me sentindo melhor do que há 10anos atraz!!! =D

Lembrando que qualquer experiência extra curricular q a gente tenha, deve ser mesmo compartilhada. Esquecer o egoísmo e ajudar outros a entenderem certas coisas também é uma forma de fazer algo de bom pelo próximo, assim como fizeram pra mim e fazem pra muitos outros seres todos os dias!!!!

Um grande beijo em cada um de vocês e até a próxima!!!! o/

domingo, 31 de março de 2013

Oi Gente!! Ainda estou por aqui! ^^

Ai que saudaaaaaaaaaaaaaaaades imensas de vir aqui desabafar. Vocês não tem idéia do tanto que aconteceu na minha vida de janeiro pra cá, tudo mudou, passei por um processo (figurativo tá) de morte, luto e renascimento. Tive que matar quem eu era, sofrer o luto e nascer de novo. E consegui, cá estou eu depois de chorar horrores, novinha em folha, fortalecida, mas com a vida todinha diferente do ultimo post que escrevi aqui.

O motivo pelo qual não vim mais pra cá, foi que se eu escrever, vou falar do meu problema, pois é o assunto que está ocupando minha cabeça há 3 meses, está difícil pensar em outra coisa. Não tem como não falar, ocupou toda a minha vida, o meu coração e a minha mente. Hoje está tudo superado e a nova vida começou. A família vai bem obrigado, todos renovados também , voltando à rotina normal, agora um pouco mais cheia que antes (sim, mais ainda kkk)! Mas eu sei que quando sentar aqui nessa cadeira, de frente pro pc, eu vou falar, vou acabar falando tudo pra vocês, porque esse é meu objetivo nesse blog, dividir experiências, mostrar pros leitores que a vida, por mais que se mostre complicada, pra tudo tem jeito, basta sabermos como olhar pras coisas todas. A vida é uma viagem e nisso sou expert num é?! ;D Pois bem, vocês merecem saber das coisas que se passam comigo e logo mais, criando um pouquinho mais de coragem, venho contar tudinho. Não, não é outro bebê não! kkkkkkkk Parei nos 2 filhos porque nem minha barriga aguentaria um terceirinho (ficou graaaaande de mais), estou tentando voltar à pança normal até hoje, sem sucesso por enquanto! kkkkkkkkkkkkkkkk Quem sabe adoto um um dia... =D

Um beijo e muitas saudades de vocês!!! \o/

Até loguinho!!!!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Doar alegria é o que há!!! ;D

Oiiiiiiii pessoal!!! Que saudaaaaaaaaaaaades de escrever pra vocês!!!

Não!! o blog não morreu, ficou um pouquinho só jogadinho pras traças, mas foi por falta de tempo mesmo, minha vida virou uma correria maior ainda nesse fim de ano, nesses últimos meses, e acabou que eu deixei o blog pro ano que vem!! E o ano que vem chegou!! =D

Por sorte estou conseguindo escrever já no primeiro dia de 2013!! E do que vou falar?

Vou falar de objetivos pro ano novo... bem clichê né?! ¬¬

Mas eu já falei tanto de sonhos e objetivos por aqui né, e aí??? Oras, o blog tem muito a ver com sonhos mesmo, foi mais ou menos por aí que eu resolvi criá-lo... então vamos lá!! =D

Mais um ano acabou e muita coisa ficou pra traz, não quero falar do que passou, vou falar do que virá!!

Hoje ainda é feriado, todo mundo esborniando em casa, ou voltando de viagem, ou indo pra praia tirar férias, ou sei lá, coçando apenas, mas amanhã começa tudo outra vez! ^^

Quer saber meus planos pra 2013?? Depois vocês me contam os seus ok?!

Vou pedalar, pedalar muuuuuuito!!! Vou fazer trilhas, pegar estrada de terra, vou conhecer gente nova, vou cansar muito, ganhar muito fôlego tbm, e vou ficar muito feliz com tudo isso!

Vou dançar pacaracas, vou até voltar a dançar a dança do ventre, porque essa jamais esqueci. Mesmo com a pança saliente é bão de mais chacoalhar os quadris ao ritmo da musiquinha árabe e se deixar levar... é mágico!! E se minha pancita diminuir até filmo e coloco no ar pra vcs verem!! Vergonha??? Q se lasque, triste quem tem vergonha, nem falo nada. Em 2013 serei mais cara de pau do que já sou! U.U

Vou brincar mais com meus filhotes, levá-lo mais pros parquinhos que tiver por aí, pra se sujar, pra se machucar um pouquinho, pra conhecer novos amiguinhos, afinal em meio aos planos que tenho pra mim, tenho em primeiro lugar planos pra eles, que são meus amorezinhos e que mais do que tudo quero muito educar com amor e alegria da melhor maneira possível pro mundo e pra vida!! =D

Vou RECLAMAR MENOS!!!!! PelamordeDeus alguem me diga que reclamar não resolve mesmo nada nessa vida, pq como eu reclamo, senhoooooooor, como eu reclamo!!! Vá pra PQP!! (desculpem) mas fico revoltada comigo por reclamar a toa. Minha vida é linda, é ótima, com todos os problemas e dificuldades e com todas as coisas maravilhosas tambémm, eu agradeço sim, mas tenho é mais que agradecer mais ainda!>.<

Vou fazer curso de algum idioma, vou trabalhar mais, vou divulgar mais minhas artes, vou ser mais legal com minha família, vou fazer uma porrada de coisas porque o mundão está aí pra mim, todo meu, todo de vocês tambéeeeeem!!!! ;D

E agora vem algo bem sério que me deixou em falta comigo mesma em 2012...

Eu vou adentrar em um novo grupo, vou enfrentar alguns medos e coisas desconhecidas, vou ver pessoas chorarem e sofrerem mas vou ver também pessoas sorrirem e terem esperança... vou começar usando um jaleco simples, num horário que me convém, e vou enxergar além de todas as dores pessoas queridas que mesmo nunca tendo visto na vida precisam de uma palavra ou gesto de amizade, precisam um pouquinho só de amor.

Reluto em falar com todas as letras o que vou fazer, que sonho é esse que quero realizar, por não me sentir a vontade de expor isso como se fosse começar num emprego novo, mas sim fazer algo que apenas eu preciso saber, mais ninguém. 
Ninguém que estará lá precisa me conhecer, saber meu nome, sobrenome, se tenho posses, qual a minha opção sexual ou meu estado civil, mas precisarão apenas contar comigo. Depois voltarei pra casa vendo a vida de outra forma, me sentindo um pouco mais útil e com aquela sensação de dever cumprido. Não, não será sensação de que sou alguém muito legal por estar fazendo algo assim mas apenas sentir que cumpri nada mais nada menos do que minha obrigação de ser humano que ama, ensina, que doa e aprende muito com tudo e que tem tanto a agradecer nessa vida. E logo depois vou estar trocando minhas tardes de sábado de faxina por isso, vestindo uma fantasia colorida, bem alegre e, mesmo eu sendo alguém sem graça nenhuma, vou usar de todo meu talento artístico pra arrancar algum sorriso dos que sofrem, porquê sorrir é o melhor remédio, sorrir transforma células ruins em boas, transforma corações, sangue, orgãos, alma.

Tá. E como surgiu essa vontade você me pergunta, mesmo sem saber ao certo do que se trata!!! E eu respondo que essa vontade vem de longe, de anos e anos e anos atraz,  e foi deixada pra lá porque foi vencida pela depressão. E mesmo assim anos e anos e anos depois essa vontade voltou, meio que como um "pé de oreia" kkkkkk num momento de dificuldade e acho que isso vou contar pra vcs!

Em dezembro de 2010 estava eu no trabalho, dando aula, quando ia dar o horário pra ir embora. Era um sábado de manhã e eu estava grávida de 13 semanas do Miguel. Fui ao banheiro pra fazer aquele xixizinho esperto pra poder logo mais seguir pra casa quando de repente me deparo com uma mancha de sangue, até que grande, na minha roupa íntima. Choquei, o coração deu um salto e comecei a passar mal, poderia estar perdendo meu bebê. Com a respiração ofegante voltei pros alunos tentando disfarçar meu desespero e dispensando todos comentei apenas que seguiria pro hospital pois estava um pouco mal.

Liguei pro marido e peguei o carro, ele saiu do trabalho também e foi me encontrar no pronto socorro às pressas. Aos prantos e sentindo um pouco mais de sangue sair, fui pra espera, onde um médico me atendeu e me deixou hooooooras esperando por outro médico que viria fazer um ultrassom e só assim saber o que estava acontecendo, pois era sábado e não havia um profissional lá para isso. ¬¬ Teria que esperar em torno de 4 horas pra saber se estava tudo bem com meu bebê.

Toda hora eu chorava, e rezava, e tinha fé que tudo estaria bem. Me perguntava porque tudo isso??? E de repente ao longe comecei a ouvir o som de um violão e uma cantiga de natal que era cantada por várias vozes e em meio aquela barulheira toda eu ouvia sorrisos. Imaginei quem seriam, lembranças vieram a tona e meu coração deu outro salto, dessa vez de emoção, e ali mesmo comecei a chorar, dessa vez não de medo, mas por ter entendido, eu acho, o porquê eu estava ali passando por isso. Ouvia os sons se aproximando, subindo as escadas começando a passar ao lado da maternidade, onde eu estava esperando pelo ultrassom.

Eu chorava e meu marido pensava que era de dor, de medo, mas não, era de esperança e aí eu comecei a me lembrar da primeira vez que me encontrei com esse grupo.

Era ano de 2002, eu tinha 22 anos e estava com a barriga inchada e muito dolorida, parecia algum tipo de infecção ou sei lá e eu estava a base de remédios. Passei um dia inteiro no hospital fazendo exames. Aí pela primeira vez me esbarrei com eles, fizeram mil palhaçadas pra me alegrar e eu ri muito, contagiada pela alegria deles e meus olhos brilharam de vontade de estar ali com eles fazendo parte do grupo também. Ao fim do dia sairam os resultados e eu não tinha nada, naaaada, estava assim sem explicação, voltei pra casa em alerta e logo mais melhorei e isso nunca mais aconteceu. Passei a pensar que tinha tido uma parte boa em tudo isso, me encontrar com eles, pois conhece-los me deu uma vontade imensa de fazer parte!! =D

Mais tarde, alguns anos depois, cheguei a marcar uma entrevista com o líder do grupo e no dia e hora marcados pra entrevista tive uma crise depressiva que não me deixou ir, chorei muito e me sentia imprestável, pensamentos ruins me deixavam acreditar que eu não poderia ajudar os outros se eu mesma estava mal, e com muita tristeza no coração desisti.

Anos se passaram e aconteceu a história da gravidez, o sangramento, o reencontro ao som de músicas natalinas mesmo de longe. E pela segunda vez, logo após o ultrassom, constatei que estava tudo bem comigo e com o bebe e tinha sido apenas um susto, um sangramento sem maiores explicações, assim como há 9 anos atraz quando os conheci. Q coincidencia né?!

Pra mim que viajo pracaramba na batatinha era um sinal, de que tudo estava acontecendo pra eu me lembrar do que meu coração me pedia há tantos anos que só dependia de mim ir atraz, fazer parte, pois eu sentia isso como algum tipo de missão, algo que não dá pra explicar, poderia não ser fácil pra mim que sempre lutei contra a depressão, mas só dependia de mim ser mais forte do que as dificuldades.

E assim, naquele dia do susto com o bebê, passei a agradecer muito a Deus, ainda no hospital e depois em casa por dias a fio me emocionando toda vez que pensava nisso, e assim eu meio que fiz uma promessa pra mim mesma (que já tinha sido feita quando eu estava com 11 semanas de gravidez porquê também tinha passado por um susto num ultrassom do Miguel que já tinha se resolvido, e agora o susto do sangramento pra eu não me esquecer...) de que até o final do ano de 2012 eu iria fazer parte daquele grupo, em agradecimento a Deus, e também porquê era o que meu coração sempre pediu pra eu fazer. Meu coração se alegrava e eu me emocionava quando dizia isso pra mim mesma, que eu iria, que agora seria pra valer.

E Miguelito nasceu lindo, de quase 10 meses kkkkk, saudável e forte. Se passou mais de um ano e com muitas dificuldades que tive que enfrentar, como por exemplo a filhota doentinha o ano todo, e o nenen dando show mês após mês, não deixando nem os pais dormirem o suficiente pra aguentarem trabalhar no dia seguinte, me fez pensar que eu teria que enfrentar a decepção de adiar mais um pouco e resolver primeiro minha vida dentro de casa pra depois conseguir ir em frente com os planos lá fora. Tentei entender, pedi perdão pra mim mesma, pois a promessa era eu comigo mesma, nada de enfiar Deus, santo, etc no meio, mas apenas algo interno, tentei aceitar e continuei meu ano tentando dar aquela ajeitada na minha vida.

Agora 2012 acabou, e 2013 começou!!!! \o/ E não, nunca, jamais, que vou me esquecer do que quero!!! Esse ano tentarei de novo e sei que terei a minha chance de tentar fazer parte! Tudo que é feito com amor e com o coração dá certo e eu sei que vai dar, no momento certo, vai dar!!! ^^

E sabe porquê eu relutei até hoje em dividir isso com as pessoas??? Porque me chamam de louca!! "Você tem 2 filhos pequenos e vai arrumar problema pra cabeça??" Pessoas, calem-se!!! Vocês não sabem o que estão falando. Ao contrário do que pensam não vai afetar em nada a minha vida e da minha família eu me ausentar um pouquinho pra ajudar mais alguém. E ja aprendi o quanto faz bem pra uma pessoa depressiva um trabalho voluntário! Você vai lá pensando em ajudar e sem saber é ajudado também. Esse é o amor, o amor verdadeiro que um dia nos é apresentado, que é fazer o bem sem olhar a quem, que é perfeito e sadio.

Desejo que em 2013 eu consiga ser mais firme pra não desistir de estar onde, há tantos anos, eu desejei estar, não no lugar de paciente que se alegra pra sarar, mas sim no lugar de doutora, de doadora, de doadora de alegria pra ajudar a curar!!!!!! ^^

Um feliz ano novo pra vocês, e após esse baita desabafo prometo que os posts em 2013 serão mais frequentes, com assuntos muito dos doidos,  e até com fotos, por que não??? Tá na hora né?! =D

Bjos a todos vocês!!!!! \o/ E FELIZ ANO NOVO, FELIZ SONHOS NOVOS!!!!